— Muito bem, como está sendo sincero, eu também serei contigo. A senhora em questão realmente morreu, porém, olharemos o seu perispírito, que ainda possui a mesma forma que o seu corpo tinha quando vivo.
— Mas, doutor, como isso é possível? Eu mesmo estou vivo, como poderia tê-la visto ser resgatada?
— Pois é, meu irmão. Eis aí a questão, por que acha que pode vê-la sendo resgatada?
— Está querendo dizer que eu morri?
— Não, quem está dizer é tu. Vamos pensar juntos. O avião caiu, havia diversos corpos mutilados e o irmão viu o resgate de alguém que havia morrido. Logo os mesmos que a socorreram, o socorreram. Então, os indícios levam a crer que também morreu. Contraprovas, não existem argumentos.
— Eu não morri, estou vivo, me sinto vivo e forte!
— É claro que está vivo. A morte é apenas uma passagem para a verdadeira vida.
— E minha esposa, minhas filhas?
— Estão sendo assistidas como você, no momento certo estarão juntos.
— Sinto-me assustado, perplexo e, ao mesmo tempo, aliviado. O que farei? Eu não sei, eu estou desnorteado. Sempre tive tanto medo da morte por ser algo desconhecido e parece ser tudo igual como antes.
— É muito natural estas sensações, a vida no mundo espiritual assemelha-se levemente, pois aqui temos trabalhos, estudos e melhores condições que quando encarnados, mas sugiro-lhe que se dedique aos estudos e aos trabalhos que lhe agregarão novos conhecimentos. Estou muito feliz por ti meu irmão. Não tema esta nova realidade, não tenha dúvida, aqui encontrará a verdadeira felicidade.
— Sou-lhe, grato. Sei que me sinto ainda perplexo, porém, agora, o que mais desejo é ver a minha família.
— Como te disse, terá que ter paciência e enquanto aguarda, sugiro que comece a estudar, pois além de te agregar, ajudará também a tua família.
— Farei isso.
— Ao sair, procure Serafina. Ela irá ajudá-lo
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