Sentado a observar a paisagem, Marcílio se perde em seu encantamento pela natureza, bela e viçosa que cerca todo o hospital, a beleza e as cores das flores são lindas, vivas. Sempre fica feliz ao observar a natureza, então Serafina aproxima-se trazendo consigo um paciente com ar arredio.
- Irmão Marcílio, este é Luiz Carlos. Ele foi resgatado a pouco no acidente de avião, Luiz, este é o doutor Marcílio, ele irá conversar um pouco com você.
- Olá Luiz Carlos, sente-se por favor. Como está se sentido?
- Olá, você é médico?
- Psiquiatra e psicólogo, trato da mente e da alma, e você?
- Sou advogado. Vou lhe ser sincero, estou incomodado com esta situação toda, não sei onde estou, não entendo porque não posso ter contato com a minha família, já estou praticamente curado, não existe motivo para me manter aqui.
- Entendo, porém cuido da mente e da alma, então se faz necessário uma avaliação para ver em que pé está a tua compreensão. O hospital não tem interesse em detê-lo aqui se não estiver em condições claras, ficará até que se restabeleça.
- Já estou bem, doutor.
- O que acredita que ocorreu no acidente?
- Acredito que houve algum problema na turbina, pois pegou fogo logo, foi assustador, por um momento achei que iria morrer, mas graças as Deus aqui estou. Sou grato por toda a assistência recebida, mas deixo a minha indignação pelas normas deste hospital, que impedem os familiares de visitar os parentes hospitalizados.
- Registrarei a sua contrariedade, o que te lembras acerca do acidente?
- Já me fez esta pergunta, doutor?
- Sim é verdade, porém não me respondeu.
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