Marcílio aguarda o próximo paciente esperançoso de que o despertar de Luiz Carlos ocorra, quando adentra uma jovem acompanhada por Serafina.
— Bom dia.
— Bom dia.
— Marcílio, esta é Mônica. Mônica, este é Marcílio, ele irá conversar um pouco com você, com licença, caso precise estarei na recepção.
— Obrigado Serafina. Sente-se Mônica.
— Obrigada, doutor.
— Então, como está se sentindo?
— Bem, mas ainda estou confusa de como vim parar aqui, lembro-me que tivemos um problema no avião, mamãe estava assustada, depois disso não lembro de nada.
— Bem, estou feliz que esteja bem e agora qual a tua percepção deste local em que nós estamos?
— Parece um hospital bem moderno, sabe? Com uns aparelhos estranhos, todos sempre sorridentes e educados, mas há algo de diferente neste ambiente.
— É isto que te assusta?
— Não, de maneira alguma, até me sinto bem. Mas, preocupo-me que não pude me encontrar com a minha mãe.
— Tua mãe precisará de mais tempo para recuperar-se. Mas fale-me de você.
— Tenho 14 anos, gosto de música, cinema e conversar com as minhas amigas.
— Quais são seus sonhos?
— Quero ser uma artista, estrela de cinema, quero ir a todas as festas, ter muito dinheiro, tudo o que a fama puder me dar.
Compartilhar
Comments