Algo dentro de Tatiana estava lhe causando angústia, não sabendo explicar o sentimento tentou aplacá-lo, trazendo para si outros pensamentos. E assim se sucedeu até chegar Marcos.
- Entre, Marcos. Como te disse, Iago saiu com mamãe, só retornarão ao final do dia. E você como está?
- Melhor agora que estou com você.
- Marcos, nossa amizade permanecerá, vivemos por muito tempo juntos, mas mesmo estando separados ainda nutro um grande apreço por você. Além de tudo, você me deu o maior presente de todos, que é o nosso filho. Iago é a luz da minha vida, não sei o que seria de mim sem ele.
- Sua mãe me conhecia, por isso não era simpática comigo, não sou um homem bom. E hoje você conhecerá a minha verdadeira face.
- Meus Deus, proteja meu filho e minha mãe, neste momento peço por eles e não por mim. Proteja-os!
Marcos ensandecido pelo egoísmo que lhe era devotado companheiro nesse momento, atormentado, como todas as criaturas que desconhecem a bondade divina em si, que passam a atormentar os outros, crendo-se aliviar, ou mesmo, realizar-se neste ato execrando, atentou contra a existência corporal de Tatiana, completado o ato, necessitava esconder-se para que não fosse encontrado em flagrante. Esquecia-se, porém, que a consciência não o deixaria descansar, pois, é ela o nosso juiz, e pelos processos de perturbação interior, a partir daquele instante, Marcos enlouqueceria, enquanto Tatiana, embora, sem noção da sua passagem, acordasse em outro plano, desesperada, dando-se conta do que ocorria no presente. Os dois desencarnados, em condições diferentes.
Tatiana era recolhida, assistida, por seu anjo protetor, guardião. José, que aliando-se a Tobias, Tomás e Timóteo, tentavam ajudar a limpar seu campo mental, liberando-a do processo doloroso e traumático, passado a pouco.
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